Há várias fontes que
relatam que a Rússia prendeu três pessoas suspeitas de serem
os criadores / operadores do Meduza Stealer. Aqui estão os principais
pontos apurados + algumas análises:
O que se sabe até agora
- Prisões
- As detenções foram anunciadas pelo
Ministério do Interior da Rússia.
- Os presos são descritos como “jovens
especialistas em TI”.
- A prisão ocorreu em Moscou e na região da
capital.
- Foram apreendidos: computadores,
dispositivos de comunicação, cartões bancários, outros itens usados como
evidência.
- Crimes atribuídos
- Eles são acusados de desenvolver,
distribuir e usar o Meduza Stealer, que é um malware para roubo de dados
(“infostealer”).
- Também teriam criado outro software
malicioso: um tipo de botnet que desativa proteções de segurança e
permite ataques maiores.
- Um dos momentos-chave da investigação foi
um ataque em maio de 2025 a uma instituição governamental na região de
Astrakhan.
- A acusação está baseada no artigo 273 do
Código Penal russo (“criação, uso e distribuição de programas de
computador maliciosos”).
- Sobre o Meduza Stealer
- É um infostealer — malware voltado
para roubo de credenciais, cookies de navegação, dados de carteiras de
criptomoedas, etc.
- Funciona no modelo Malware-as-a-Service
(MaaS): os criminosos assinam para usar o software.
- Ele é tecnicamente avançado e foi
identificado em fóruns de cibercrime desde pelo menos 2023.
- De acordo com a investigação, eles
tentaram evitar infectar computadores em países da Comunidade de Estados
Independentes (CIS), possivelmente para não levantar suspeitas locais.
- Motivações e contexto
- A prisão pode indicar que as autoridades
russas estão começando a reprimir cibercriminosos domésticos,
especialmente quando atacam entidades russas.
- A operação não parece ser apenas
simbólica: os investigadores afirmam que vão continuar identificando todos
os cúmplices do grupo.
Análise / Implicações
- Isso é significativo porque mostra uma
postura mais ativa das autoridades russas contra cibercriminosos locais,
o que nem sempre é esperado visto que muitos grupos de malware são
tolerados ou até usados de forma ambígua por atores estatais.
- Se for bem-sucedida, essa operação pode
enfraquecer o modelo do Meduza como MaaS, dificultando que outros
criminosos usem o infostealer.
- Por outro lado, pode vir como uma operação
de controle interno: os presos são “jovens especialistas” — não
necessariamente grandes chefes de crime organizado — o que pode indicar
que as autoridades estão querendo dar um exemplo ou limitar escalas e
danos.

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